Matéria baseada de Victória Anhesini, InfoMoney
Canudo que Identifica Metanol em Bebidas Adulteradas Chega ao Mercado por Preço Acessível
Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) desenvolveram um canudo biodegradável que detecta a presença de metanol em bebidas destiladas com a simplicidade de um “teste de gravidez”. A inovação, que pode ser produzida em larga escala por cerca de R$ 2 por unidade, visa aumentar a segurança do consumidor e combater a intoxicação por adulteração. Empresas demonstraram interesse imediato na fabricação em massa da tecnologia, que já está em processo de patenteamento.
Inovação para o Mercado: Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) desenvolveram um canudo biodegradável com potencial para revolucionar a segurança alimentar, especialmente no consumo de destilados. A invenção é capaz de detectar a presença de metanol – substância tóxica usada em adulterações – de forma rápida e visual, funcionando como um “teste de gravidez” para bebidas.
Custo e Acesso: Com a estimativa de que a produção em massa possa custar apenas cerca de R$ 2 por unidade, a tecnologia promete ser acessível a bares, restaurantes e distribuidoras. A simplicidade de uso permite que a checagem seja feita por qualquer pessoa após breve treinamento, oferecendo uma barreira de proteção contra a intoxicação.
Corrida pela Produção: Após a recente repercussão de casos de intoxicação por metanol no país, a UEPB foi procurada por diversas empresas interessadas em fabricar o canudo em larga escala. O projeto, que já dura dois anos e foi financiado pela Fapesq, encontra-se atualmente em fase de depósito de patente no INPI e testes de segurança para o consumidor final.
Como Funciona: O pesquisador Railson de Oliveira Ramos explicou que o canudo age como uma “coluna cromatográfica”. Ao entrar em contato com a bebida, o fluido sobe por capilaridade e interage com reagentes protegidos, resultando em uma mudança de coloração na parte externa do canudo, caso haja metanol.
Olhar do Governo: A proposta já foi levada ao Ministério da Saúde, que está avaliando a tecnologia da UEPB, além de outras soluções para a detecção rápida de metanol em bebidas.
Tecnologia Extra: Além do canudo, a equipe paraibana também desenvolveu um método que utiliza radiação infravermelha para identificar adulterações em bebidas ainda lacradas, com uma taxa de acerto de 97% nos estudos. A pesquisa começou em 2023, testou 462 amostras de cachaça e já rendeu publicações em uma das principais revistas científicas internacionais do setor, a Food Chemistry.


